O Que é Neuromarketing?

  Artigo, 17 de Jan de 2013

Neuromarketing

Neuromarketing

Você entra em um shopping e percebe um aroma agradável. Passeia um pouco, encontra vitrines criteriosamente preparadas, entra na loja e está tocando uma música alta e vibrante. Sem se dar conta, acaba envolvido nessa atmosfera, olha os produtos, às vezes até compra algo (que não precisa realmente) e volta para os corredores sentindo aquela sensação de satisfação. Não repara conscientemente, mas caminha por corredores amplos, com chão brilhante e normalmente meio liso. Olha ao redor em busca de um relógio, mas não encontra nenhum.

Não está com fome, mas passa por aquela rede de fast food com cores vibrantes e o cheirinho agradável sente um “apetite momentâneo”. Então, você conversa consigo mesmo e chega a conclusão que já abusou nos últimos dias. Negocia internamente e para chegar a um denominador comum com sua mente inconsciente, opta por comprar apenas um sorvete de casquinha.

Antes de ir embora resolve dar uma passada naquela loja de departamentos que vende DVDs, CDs, chocolates, roupas, videogames, eletrônicos e celulares. Acaba novamente pegando um ou dois itens que achou ‘baratinho’ e vai para uma fila de ‘caixas rápidos’, agora com corredores estreitos e onde existem nos dois lados mais produtos tentadores como chicletes, mais chocolates, revistas e mais algumas ‘ofertas imperdíveis’. Coloca mais algumas dessas coisas no cesto de compras, espera um bocado na fila e comenta com as pessoas que não entende porque “com tantos caixas, apenas dois estão atendendo”. Paga o estacionamento e alguns minutos depois de sair do shopping chega à conclusão que gastou bem mais do que deveria e poderia. Alguma semelhança com situações que você ou pessoas que conhece tenham passado?

Pois bem, os parágrafos anteriores apenas comprovam que em poucos momentos você foi atraído por diversas estratégias de uma poderosa ferramenta chamada Neuromarketing.

Criado na Holanda no início da década de 90 e aperfeiçoado nos E.U.A. o Neuromarketing tem a característica de conciliar conceitos do Marketing com fundamentos da Neurociência. Isso mesmo: atualmente os profissionais pesquisam como o nosso cérebro funciona e com base nesses dados montam estratégias comerciais e de divulgação para os produtos.

Já reparou o quanto somos bombardeados diariamente por anúncios e propagandas? Será que as empresas investem milhões em campanhas publicitárias com base em quais dados?

Por exemplo: Será que é coincidência que as maiores redes de lanchonetes fast-food do Brasil, as cervejas campeãs em vendas no país e o refrigerante mais consumido no mundo têm a cor vermelha predominante em seus logotipos e embalagens? Claro que não. O vermelho ativa áreas cerebrais que nos estimulam a ter comportamentos que levam a comprar, às vezes por impulso. Quer mais? Por que será que não há hospitais e consultórios pintados de cores fortes, como o próprio vermelho, marrom, roxo? Porque será que estes ambientes têm normalmente tons mais suaves de verde, azul? O mecanismo é o mesmo. Estas cores nos trazem tranqüilidade, serenidade, tudo que precisamos ao estar nestes locais. Chegam até mesmo a provocar por processos bioquímicos a diminuição dos batimentos cardíacos.

Exagero? Nada disso. Pura verdade. Atualmente a importância de entender os padrões de comportamento humano é tão grande que ultrapassou os muros de laboratórios e centros de estudos de neurociência. Na realidade já há algum tempo vem sendo estudados pelas áreas de marketing das empresas.

A questão crucial é buscar a maneira mais apropriada de conquistar o cliente, utilizando estratégias que sejam atrativas ao consumidor. Há até um nome para esta nova área de pesquisa. Neuromarketing, que surgiu no final da década de 1990 na Universidade de Harvard.

São utilizados com frequência cada vez maior mecanismos que visam inibir ou estimular nosso sistema sensorial. Sons, odores, imagens, texturas, são minuciosamente trabalhados e desenvolvidos com o objetivo de nos atrair e levar ao ato de consumir. Já comprou algo por impulso? Provavelmente alguns dos seus sentidos foram estimulados e influenciaram na sua decisão. E isto ativa uma área cerebral chamada de sistema de recompensa.

Sabe aquela sensação de satisfação que você tem ao saborear aquela comida que tanto gosta, ao sentir o cheiro daquele perfume delicioso, ou d sentir a maciez do seu travesseiro? Pois é, são estas sensações que as empresas querem despertar em todos nós. E não poupam esforços para isto, usando em certas situações simultaneamente vários destes estímulos. Literalmente investem milhões com este objetivo.

Geralmente são ações simples, mas que fazem diferença no resultado final. Já percebeu que corredores de shoppings e supermercados são normalmente largos e tem piso bastante liso, quase escorregadio? Justamente para que você não ande muito rápido e possa passar o olho nas prateleiras que mostram os produtos repletos de cores e dispostos criteriosamente. Já viu algum relógio nestes ambientes? Dificilmente verá. Assim perdemos a noção do tempo que estamos lá dentro. Percebe?

Fique atento a estes detalhes e perceba que em grande parte das situações estamos muito menos no controle de nossas escolhas de compra do que pensamos.

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Thales Cardoso

Cirurgião-Dentista

 São Paulo, SP

Empreendedorismo, Gestão e Ortodontia.

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