Musicoterapia em Odontologia

  Artigo, 26 de Ago de 2010

Musicoterapia em Odontologia

De acordo com a Associação de MusicoterapiaAmericana (AMTA), a definição para musicoterapia é: o uso controlado da música com o objetivo de restaurar, manter e incrementar a saúde mental e física. Visto que a música obtém um alto grau de flexibilidade, ela é aplicada há muitos anos como método para apaziguar a alma e o corpo. As conexões entre música e transformações do estado de espírito são relatadas por todas as culturas antigas, como os indianos que penduram sinos em seus animais sagrados, persas, egípcios,japoneses que penduram nas portas ou janelas objetos que produzem som à passagem do vento,entre outros povos que fazem uso da música como método terapêutico.A musicoterapia tem sido aplicada nos dias atuais com a finalidade de tratar diferentes situações clínicas, como, por exemplo, a esquizofrenia; problemas tipicamente neurológicos como a afazia, influência no tratamento do autismo infantil.Todavia, o emprego da musicoterapia em pacientes especiais requer procedimentos específicos além de uma categorização mais precisa do tipo de deficiência. Sobretudo, a musicoterapia estimula a autoconfiança, desenvolve a concentração e alivia tensões; sendo também utilizada de maneira terapêutica e preventiva.Tal fato é permitido devido a música ser composta, assim como o organismo humano, por ritmo, melodia e harmonia; tendo-se como exemplo o ritmo cardíaco, o ritmo sincronizado ao andar, o volume e melodia da voz ao falar, etc. Conseqüentemente, a utilização de uma suave música ambiente no consultório odontológico, tem por finalidade gerar tranqüilidade e confiança no paciente, servindo também como um método alternativo para a obtenção de um comportamento cooperativo do paciente infantil, por criar uma atmosfera de calma e concentração devido a purificação das vibrações. A música harmônica tem efeito anti-stress,tranqüilizante, regulador psicossomático, redutor da sugestionabilidade do medo e do impacto dos estímulos sensoriais (o cérebro humano possui áreas capazes de bloquear estímulos dolorosos provenientes das vias nervosas aferentes)exercendo efeito analgésico e anestésico. Há o relato de que um dentista de Cambridge, Massachusets, realizou restaurações e extrações recorrendo, tão somente, a essa terapia alternativa/complementar.A utilização da música no consultório odontológico tem em vista propiciar um tratamento relaxante, facilitando a interação entre o profissional e o paciente. Mas, para a obtenção de bons efeitos terapêuticos, esta deve ser bem e devidamente aplicada.A utilização de música com ritmo muito marcante como o samba, ou dissonante como o rock são exemplos de sons estimulantes que não se enquadram em um ambiente de consultório ou clínica, por impedirem a concentração e o relaxamento, os quais não conduzem a resultados eficazes. Vale ressaltar, também, que o Sistema Nervoso Central necessita de cerca de 40 horas para se recompor a uma exposição de uma hora a sons com aproximadamente 100 decibéis.

Revista Odontológica de Araçatuba

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Dra. Sheila Rodrigues

Cirurgiã-Dentista

 Itanhaém, SP

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