Laserterapia na Odontologia

  Artigo, 23 de Jan de 2019

Laserterapia na Odontologia

Laserterapia na Odontologia

Há pouco tempo, o LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation - Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação) foi introduzido nos consultórios odontológicos. Primeiramente, deve-se diferenciar LASER de Fotopolimerizador, que é aquela “luz azul” utilizada em restaurações, colagem de bráquetes ortodônticos, etc. Também há o LASER de alta potência, utilizado basicamente para fins cirúrgicos, e o LASER de baixa potência, utilizado para fins terapêuticos e preventivos, que é o foco desta matéria.

O LASER tem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e de cicatrização. Dentre suas indicações, tem sido utilizado no tratamento de aftas, herpes, xerostomia (boca seca), trismo (dificuldade de abertura bucal), trauma da mucosa da boca, hipersensibilidade dentinária (dentes sensíveis), auxiliar na descontaminação periodontal e endodôntica, cicatrização após extração dentária, entre outras finalidades, com muito sucesso.

Uma classe de pacientes que se beneficia muito da laserterapia é a dos pacientes oncológicos, que fazem QUIMIOTERAPIA (independente da região do câncer) e RADIOTERAPIA (de região de cabeça e pescoço). Isso porque algumas quimioterapias tem como efeito colateral a formação de doloridas úlceras na boca, parecidas com aftas, chamadas de Mucosite Oral. Já são conhecidas como as quimioterapias que têm maior chance de causar Mucosite Oral e, quando o paciente procura o dentista antes de começar as quimioterapias, o LASER pode ser feito preventivamente, evitando que a Mucosite se forme ou impedindo que, quando já formada, atinja graus avançados, que poderiam impedir o paciente de se alimentar devido à dor. Já a radioterapia de cabeça e pescoço, predispõe ainda mais ao desenvolvimento da Mucosite Oral, e a laserterapia preventiva, deve ser iniciada preferencialmente simultaneamente ao início da radioterapia. Porém, se a Mucosite já estiver instalada, a laserterapia é uma ferramenta poderosa na diminuição da dor e aceleração da cicatrização.

Assim como a radioterapia, por exemplo, não causa efeitos clínicos perceptíveis instantaneamente à sua aplicação, da mesma maneira a laserterapia deve ser aplicada diariamente para que seus efeitos sejam sentidos. Isso porque o tecido irradiado (por LASER ou por radioterapia) leva um tempo para reagir ao estímulo. O dentista deve avaliar caso a caso para estabelecer o tempo de tratamento, que pode chegar a até 10 dias, dependendo do tamanho e do tempo em que a lesão já esteja formada.

Em lesões infecciosas, o LASER é realizado associado a um corante, o que configura a técnica PDT (Photodynamic Therapy - Terapia Fotodinâmica), e apresenta ótimos resultados. Lesões infecciosas, como herpes e candidíase são muito comuns em pacientes internados ou aqueles recebendo tratamento quimioterápico, pois são infecções oportunistas, ou seja, que se aproveitam de um quadro de queda na imunidade ou alteração do meio para se desenvolver.

Desde que aplicado por um profissional devidamente habilitado e sabendo-se indicar, ou seja, quando um bom diagnóstico é realizado previamente à sua aplicação, o LASER é muito seguro, não traz risco algum ao paciente, é indolor e oferece inúmeros benefícios.

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Autora

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Paula Ragusa

Cirurgiã Dentista - Estomatologia

 Ribeirão Preto, SP

Dentista especializada em pacientes oncológicos e estomatologia.

-Residência em Oncologia com ênfase em Estomatologia pelo A.C. Camargo Cancer Center
-Mestre em Diagnóstico... Leia mais

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