Mini Implantes na Ancoragem da Retração Anterior. o Que Muda na Biomecânica?

  Artigo, 04 de Set de 2012

RESUMO DA PALESTRA APRESENTADA NO CONGRESSO ORTOPREMIUM 2012 (RJ)

Mini implantes são acessórios de destaque na ortodontia contemporânea. São utilizados em muitas situações como, por exemplo, na ausência de elementos dentários para ancoragem, inibir movimento no lado de ancoragem, em pacientes não colaboradores, aplicação de força em tempo integral e novas possibilidades de direcionamento das forças ortodônticas. Na preservação de ancoragem em retração anterior, quando os mini-implantes são utilizados para ancoragem indireta, ou seja, estabilizando a posição dos dentes posteriores, não há modificações na biomecânica do movimento. Porém, numa mecânica de deslize, quando a força é aplicada diretamente ao mini implante , surgem possibilidades de movimentação e efeitos exclusivos desta abordagem. Na aplicação de forças, através das várias combinações de altura de instalação do mini implante e altura de fixação da mola (ou elástico) na região anterior do arco, pode se buscar aplicação de força com linha de ação coincidente ou próxima à altura do Centro de Resistência dos dentes anteriores (interferindo na tendência de inclinação destes dentes durante a retração) e pode-se realizar retração com efeito intrusivo ou extrusivo dos dentes anteriores. Nos dentes posteriores, um efeito interessante desta mecânica é a aplicação de força para distal nestes elementos em função do atrito entre o fio que desliza e os tubos e bráquetes destes dentes, podendo levar à distalização dos dentes posteriores e tendência de abertura de mordida no extremo do arco, uma vez que esta força aplicada na coroa dos molares tende a incliná-los para distal. Como conseqüência, a usual confecção de curva no arco para controle da sobremordida necessita ser adequada a esta particular situação. Os mini-implantes também podem participar diretamente da ativação de alças de retração, numa mecânica sem atrito, através da amarração da alça (Suzuki tie) no mini-implante. Apesar de não haver força ortodôntica aplicada aos dentes posteriores nesta situação, não se deve desprezar a possibilidade destes dentes apresentarem algum grau de movimentação mesial, fisiológica, em função da resultante mesial das forças da mastigação.

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Autor

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Paulo Nery

Ortodontista

 Rio de Janeiro, RJ

Especialista desde 1997, é professor em cursos de pós-graduação em ortodontia desde 2001 e atuante na clínica privada de ortodontia (Barra da Tijuca e Leblon). É filiado à... Leia mais

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