O Cirurgião-Dentista e o Facebook

Como sempre frisei em meus últimos textos e colocações nesta coluna, sinto que a cada dia temos mais meios de comunicação e interação com nossos colegas cirurgiões-dentistas e, principalmente com os nossos pacientes, que não conseguem mais viver sem dividir com seus amigos (ou com qualquer pessoa com acesso à internet) suas mais diversas experiências, entre elas a ida ao dentista.

Muitos amigos costumam dizer que não tem tempo para “perder” no Facebook, ou em qualquer outra mídia social. Penso que precisamos primeiramente entender e querer estar disponível para o paciente atual e para os futuros pacientes, a fim de perceber que não se trata de perda de tempo e sim de agregação de valor para o profissional conectado.

Também é importante entender que, apesar da necessidade contemporânea de compartilharmos cada vez mais o nosso tempo com o outro, envolver-se com uma mídia social não é um caminho sem volta. Todas as mídias sociais permitem o desligamento, caso o usuário não se identifique com a forma de funcionamento da plataforma escolhida.

Algumas primeiras informações sobre o uso do Facebook:

Partindo do princípio que o leitor ainda não possui acesso ao Facebook, ou que possui, mas ainda não entende as possibilidades de marketing pessoal que esta mídia social permite, começarei neste texto com conceitos básicos e importantíssimos sobre como construir uma marca forte e com presença on line.

O Facebook foi lançado em fevereiro de 2004. Oito anos depois, já tinha mais de 645 milhões de usuários do mundo todo. Para participar da rede social, basta criar um perfil pessoal (ou posteriormente uma Fan Page para seu consultório ou clínica), adicionar outros usuários (amigos e/ou futuros possíveis pacientes) e trocar mensagens com eles. Também é possível participar de grupos de interesse em comum; um interessantíssimo de que participo, por exemplo, é o grupo “Pesquisa Odontológica Brasileira”. Existem muitos outros!

O mural é o espaço da página do perfil do usuário que permite aos seus pacientes postarem mensagens para o cirurgião-dentista ler depois. Uma ótima alternativa à postagem no mural do perfil pessoal de seu paciente é enviar uma mensagem para ele clicando em “mensagem”; estas serão salvas na caixa de entrada da pasta de mensagens do destinatário.

O botão “curtir” é um recurso onde os pacientes podem mostrar que gostaram de certos conteúdos postados. Uma sugestão aos perfis corporativos (de consultórios e clínicas) é a postagem de conteúdos informativos, sobre os serviços prestados, sobre a qualidade do atendimento, bem como informações odontológicas que tenham um teor agradável para compartilhamento e disponibilização ao público-alvo.

Um último item importante de ser conhecido para quem está começando nesta mídia social é utilizar corretamente o recurso “Status”. Ele permite ao cirurgião-dentista informar aos seus pacientes itens, textos, imagens ou vídeos que considera interessantes. As atualizações de status estarão disponíveis na sessão “Atualizações recentes” de toda a sua lista de pacientes e, por isso, acessíveis à visualização destes.

Será que você está convencido a experimentar o Facebook?

Caso ainda não esteja convencido, não é problema algum. A conversação e a troca de informações não deixarão de ocorrer sem a sua presença; a escolha é e será sempre sua. O Facebook muda muito ao adquirir novas tecnologias (como compartilhamento de som e vídeo) para os seus usuários, assim, estar no Facebook trata-se de um aprendizado constante.

Para incentivá-lo, finalizarei este texto com um recente depoimento feito por um grande cirurgião-dentista e atual editor-chefe da Revista Dental Press Journal of Orthodontics. Em seu último editorial, o Prof. Dr. David Normando deu um excelente exemplo de como utilizar o Facebook para agregar valor à profissão, além da possibilidade de ter o conhecimento compartilhado e aumentado:

“Como qualquer um que usa as redes sociais, redescobri amigos que não encontrava há muito; gente que jamais teria a oportunidade de contato não fosse a criação dessa potente ferramenta de comunicação. Também reconheci diversos ortodontistas de renome, fisgados pela rede. Profissionais por quem nutro efusiva admiração. Se essa gente toda está na rede, por que não estaria eu, esse descendente mesozoico? Rompi, assim, os grilhões do preconceito e a minha ocultação do ciberespaço...”

Até a próxima coluna!